segunda-feira, 10 de julho de 2017


Maria, meu amor, nem dá para acreditar como cresceste. 
És tão castiça e graciosa que derreto cada vez que penso em ti. Já andas, já sobes e desces o sofá, reclamas quando alguma coisa não te agrada e dizes “bigada” quando te dou o que queres. És traquina e já sabes como usar esse sorriso malandro a teu favor. Às vezes fico com a sensação que frequentas uma escola de formação de actores enquanto durmo. Para teres uma ideia tu até finges que choras para ver se me convences a alinhar nas tuas traquinices.
Gostas de exibir as tuas conquistas e é para mim um orgulho ver-te a apontar para os teus olhos, o teu nariz e a tua boca quando te pergunto, sem te enganares uma única vez. É um orgulho tão grande que nem que quisesse conseguia descrever. Então quando te pergunto pela tua barriga e tu levantas a camisola e dás umas palmadas na tua “pança”, é de rir até não poder mais.
És extremamente vaidosa e adoras sapatos. Cada vez que os vamos calçar tu não paras de dizer “qui lii”, que quer dizer “que linda” na tua linguagem. É absolutamente delicioso… Pelo menos enquanto ainda for eu a decidir o que calças. Ontem, eu e o teu pai fomos contigo a uma sapataria para te comprar umas sapatilhas e conquistaste toda a gente. Mal entraste gritaste “QUI LIIIIIII”, desataste a pegar em sandálias que nitidamente eram enormes para ti e começaste a tentar calça-las. Conseguiste animar o dia de cada pessoa que lá estava e a mim só me apetecia gritar “É minha filha!!!”.
Juro-te, às vezes tenho de me controlar para guardar este amor todo dentro de mim. Olho para ti e sei que só por existires já valeu a pena viver.

Amo-te tanto, tanto, tanto e cada vez mais!


P.S.- Todos os dias eu digo que te amo ao ouvido e prometo fazê-lo todos os dias que passar ao teu lado.