Querida Maria este ano está a
chegar ao fim e faltam-me as palavras para descrevê-lo. Lembro-me bem como ele
começou... Começou com um olhar cúmplice entre mim e o teu pai e um miminho de
ambos na minha barriga. Não sabíamos bem o que aí vinha, mas sabíamos que tinha
tudo para ser o ano das nossas vidas. E assim foi…
Comecei este ano cheia de
esperança de que quando se acredita que as coisas vão correr bem, elas correm efectivamente
bem. Nem sempre pensei assim e esta é uma transformação maioritariamente deste
ano.
Mas a maior transformação foste
tu. Até nasceres era a ansiedade de te conhecer, o medo de não estar à altura e
a felicidade de preparar a tua chegada. Quando nasceste foi o êxtase, a maior
felicidade que já vivi, o maior amor que já senti. De repente eu e o teu pai
passámos de dois a uma família e nem imaginas o quanto esse sentimento é gratificante.
De repente só interessava estar rodeada de amor, pessoas positivas e pensamentos
positivos. De repente tudo o que era negativo, era filtrado e não chegava nem
perto do nosso ninho.
De repente eu era feliz com
direito a coração acelerado, frio na barriga, sorriso incontrolável e brilho
nos olhos. Felicidade que não passa e que eu não deixo fugir, felicidade que
quero para sempre.
E, de repente vem aí outro ano
que eu sei que vai começar mais uma vez com olhar cúmplice entre mim e o teu
pai, desta vez contigo ao colo e com sorte a dizeres “Olá papá, olá mamã” como
não te cansas de repetir.
E, de repente eu continuo cheia de
esperança de que quando se acredita que as coisas vão correr bem, elas correm efectivamente
bem.
Amo-te