terça-feira, 28 de fevereiro de 2017


Eu sei Maria, eu sei que me ando a baldar um bocadinho e te ando a escrever menos. Mas a culpa é tua!!! Ando há vários dias a dizer que ao final do dia te vou escrever uma carta, mas tu mudas-me sempre os planos. Nós mudámos de casa, para uma casa bem maior, cheia de espaço para as tuas brincadeiras. A nossa casa anterior, onde passaste os teus primeiros 11 meses de vida, era muito pequenina e o espaço para a palhaçada já era pouco. Era uma casa pequenina, cheia de amor e onde se construíram muitos sonhos. Por isso, apesar de pequenina cabia tudo o que era essencial. Quero que saibas que não é o tamanho físico das coisas que limita a tua felicidade. Foi nessa casa pequenina que vivi tudo o que de mais feliz aconteceu na minha vida!    
Para esta nova casa trouxemos tudo o que a outra casa tinha… o amor e os sonhos! Contudo esta casa tem o espaço que faltava para tu te sentires mais livre. É este espaço que roubou um bocado do espaço para as tuas cartas e é por isso que digo que tu és a culpada das cartas mais escassas. É que agora no final do jantar andamos a gatinhar por toda a casa, parecemos mesmo tolinhos. Tu a fugires de mim e do teu pai e nós a fingirmos que não te conseguimos apanhar. Quando nos aproximamos mais um bocadinho de ti, tu ris às gargalhadas e deixas-te ficar como se te estivesses a render. Juro que as tuas gargalhadas me aceleram o coração. Nem imaginas o quanto é gratificante perceber que és uma criança tão feliz.
Assim passa o tempo e quando damos conta já é tarde e estamos exaustos! E é tão bom estar exausta assim…


Amo-te!

Sem comentários:

Enviar um comentário