Desde que te comecei a sentir mexer
na minha barriga tudo mudou. Sonhava como seria ter-te nos braços e sentia-me imensamente orgulhosa e honrada por me teres escolhido para ser tua mãe. Cada ecografia
era uma emoção e, lamechas como sou, não vai ser novidade para ti se te disser
que chorei a primeira vez que ouvi o teu coração bater.
Preparar a tua chegada parecia
muitas vezes surreal. Construir o teu quarto foi construir um sonho. Mesmo
antes de nasceres eu e o teu pai passámos muito tempo lá sentados no chão, como
se o resto do mundo não existisse, apenas a imaginar como seria a vida depois
de ti. Mas a vida que imaginámos vezes sem conta sentados naquele chão, pouco tem
a ver com a realidade que nos trouxeste. És tão mais.
A primeira vez que olhei
para ti e te toquei o meu coração ia explodindo, chorei compulsivamente e
pensei que o que sentia só podia ser mais que amor. Nesse instante percebi que
por ti morria e por ti matava. Percebi que ia sorrir quando tu sorrisses, ia chorar
quando tu chorasses. Percebi que cada lágrima tua iria ser um milhão de
lágrimas minhas. Percebi que reinventaria o mundo para tu seres feliz, se fosse
preciso.
Ser mãe revelou-se bem mais
difícil e absorvente do que aquilo que eu poderia imaginar, acredita. Ser mãe é
tão exigente ao ponto de levar à exaustão e disso eu já desconfiava. O que eu
não sabia era que fosse possível atingir a exaustão com um sorriso na cara.
Isso é mérito teu.
Por mais que tente descrever tudo o que significas para mim nunca vai ser
suficiente. De repente o meu coração já não bate dentro de mim. O meu coração
está em ti. Esta é a melhor descrição que consigo arranjar.
Vivo todos os dias para estar à
altura de ser tua mãe, é que tu mereces a melhor mãe do mundo.
P.S.- Nunca chorei tanto a
escrever-te como hoje, acho que reviver a tua chegada vai provocar sempre este
efeito em mim. Obrigada por teres transformado a minha vida.
Amo-te.
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