quinta-feira, 19 de maio de 2016










Desde que te comecei a sentir mexer na minha barriga tudo mudou. Sonhava como seria ter-te nos braços e sentia-me imensamente orgulhosa e honrada por me teres escolhido para ser tua mãe. Cada ecografia era uma emoção e, lamechas como sou, não vai ser novidade para ti se te disser que chorei a primeira vez que ouvi o teu coração bater.
Preparar a tua chegada parecia muitas vezes surreal. Construir o teu quarto foi construir um sonho. Mesmo antes de nasceres eu e o teu pai passámos muito tempo lá sentados no chão, como se o resto do mundo não existisse, apenas a imaginar como seria a vida depois de ti. Mas a vida que imaginámos vezes sem conta sentados naquele chão, pouco tem a ver com a realidade que nos trouxeste. És tão mais. 
A primeira vez que olhei para ti e te toquei o meu coração ia explodindo, chorei compulsivamente e pensei que o que sentia só podia ser mais que amor. Nesse instante percebi que por ti morria e por ti matava. Percebi que ia sorrir quando tu sorrisses, ia chorar quando tu chorasses. Percebi que cada lágrima tua iria ser um milhão de lágrimas minhas. Percebi que reinventaria o mundo para tu seres feliz, se fosse preciso.
Ser mãe revelou-se bem mais difícil e absorvente do que aquilo que eu poderia imaginar, acredita. Ser mãe é tão exigente ao ponto de levar à exaustão e disso eu já desconfiava. O que eu não sabia era que fosse possível atingir a exaustão com um sorriso na cara. Isso é mérito teu.
Por mais que tente descrever tudo  o que significas para mim nunca vai ser suficiente. De repente o meu coração já não bate dentro de mim. O meu coração está em ti. Esta é a melhor descrição que consigo arranjar.   
Vivo todos os dias para estar à altura de ser tua mãe, é que tu mereces a melhor mãe do mundo.

P.S.- Nunca chorei tanto a escrever-te como hoje, acho que reviver a tua chegada vai provocar sempre este efeito em mim. Obrigada por teres transformado a minha vida.

Amo-te.

  


Sem comentários:

Enviar um comentário