Meu amor, esta semana fizeste
seis meses! Meio ano de ti e de uma aventura louca. Vou fazer-te um pequeno
resumo das nossas vidas durante este tempo.
Na primeira noite que vieste para
casa choraste sem parar até amanhecer. De manhã, depois de não ter pregado olho,
chorei eu. Questionei-me se seria capaz. Parecia tudo tão maior do que eu.
Estava tão assustada, nem dá para imaginares. Acredito que nessa altura também
tu estivesses assustada, afinal a mudança não tinha sido mais pequena para ti.
Desde essa primeira noite que continuo a questionar-me se serei capaz. Ter-te e
cuidar-te é uma avaliação constante com a professora mais exigente que se pode
ter... tu. Vou sabendo se passo nos testes através dos teus sorrisos.
O primeiro mês foi o que passou
mais lentamente. Eras tão pequenina e tão frágil e eu tão trapalhona e
inexperiente. Nessa altura ensinaste-me que com calma e muito amor ia tudo
correr bem. Ensinaste-me a descontrair e a sorrir contigo.
Os meses que se seguiram passaram
a correr e tu foste conquistando cada etapa com distinção.Houve dias de
cansaço, exaustão e quase perda de sanidade mental. Mentia-te se dissesse que
foi sempre fácil. Mas acredita, foi sempre recompensador.
Cada vez interages mais com o
mundo que te rodeia e é uma delícia assistir às tuas descobertas.
Ainda ontem eu e o teu pai estivemos
a ver fotografias tuas desde que nasceste até agora, é impressionante tudo o que já
conquistaste, o quanto já cresceste. E, mais uma vez, não posso esquecer o teu
pai. Foi ele que no final daquela primeira noite me abraçou e me disse que eu
era capaz. É ele que me continua a
abraçar cada vez que tenho dúvidas. Ser mãe é o melhor do mundo, mas ser mãe ao
lado de um pai assim deixa-me sem palavras.
P.S.-O teu novo passatempo é
atirares os teus brinquedos o mais longe que consegues. Enquanto escrevo estou
a ver uma Minnie de peluche a voar na direcção do sofá onde estou. Talvez te
devesse repreender mas só consigo rir à gargalhada.
Amo-te.
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